O que é “viver bem”? Viver bem em um lugar? Talvez, nessa questão, cada cabeça seja uma sentença, como diz o ditado! Mas, se a pergunta é sobre a Vila C, então até parece que as pessoas concordem… Muito sossego, muita união entre as pessoas, uma infraestrutura que atende quase todas as necessidades de uma comunidade que está, naturalmente, sempre em movimento e em transformação.
Jéssica, que nasceu na Vila, é bem clara: “Olha, eu não me vejo saindo da Vila C! É um bairro longe dos demais, mas eu não me vejo saindo daqui, pela qualidade de vida que o bairro tem, pela questão de vizinhança, todo mundo se conhece, todo mundo tem um ponto de referência de alguma coisa, pelo que a comunidade oferece, por exemplo, um centro igual ao nosso Conselho Comunitário, você não tem outro lugar, com atendimento de criança em outros bairros é difícil você ter, você ter um agente de saúde que você conhece, que está com seu vizinho, que está sempre ali com você, então são pequenas coisas que fazem a qualidade de vida aumentar muito né, então eu não me vejo saindo da Vila C por causa disso”.
Já dona Matilde enfatiza o lado humano da convivência no bairro: “A gente não tem o que reclamar, um vizinho lava a mão do outro. Eu acolho um vizinho, então quando um viaja o outro fica cuidando da casa né? Na minha quadra pelo menos e meio que todo mundo é desse jeito. E o parquinho pra a criançada tem…”.
E são essas pessoas que fizeram a Vila C que agora também têm a tarefa de mantê-la forte, como diz dona Antônia: “A Vila C hoje ela é importante como tudo porque ela acabou sendo uma vila que acolhe também, vem muita gente de fora e hoje ela se tornou um espaço importante para nosso município, para Foz do Iguaçu, porque ela é grande, tem muitos moradores. Eu acho importante esse desenvolvimento nosso que estamos buscando: hoje não é mais uma vila dependente de Itaipu, mas do próprio povo, das próprias pessoas que estão aqui. Eu acho que é um lugar importante para Foz do Iguaçu, também. A Vila C Velha é um bairro tranquilo e que tem muitos moradores, famílias e calmo. Aqui temos tudo que alguém pode precisar: ponto de ônibus próximo, mercado, escolas, lanchonetes, parque etc… E não se esqueça que as casas são mais baratas aqui: essa é a vantagem para quem não tem muito dinheiro e também para os estudantes mais precisamente os estrangeiros que vem para Foz do Iguaçu para estudar na UNILA”.
Nem tudo é perfeito, mas… Dona Maria Teresa se ressente de algumas coisas: “A única coisa ruim que eu acho da Vila C é que não tem um banco e uma lotérica, é só isso. O resto pra mim está tudo ótimo, sabe? Eu amo mesmo, eu amo morar na Vila. Inclusive, meu esposo fala né, “vamos vender aqui e vamos nos mudar pro centro”, eu falo: “de jeito nenhum!”, porque a tranquilidade aqui é grande, eu chego de noite e é tranquilo. Hoje tem umas musiquinhas lá, mas não é nada que impede de você ficar tranquila”.
E a caçula da turma, Jéssica, conclui: “Aonde eu vou eu falo que eu sou da Vila C, as minhas coordenadoras falam assim: ‘Eu nunca vi alguém com tanto orgulho de morar num lugar igual você’. Eu amo meu bairro e eu tento todo dia no meu trabalho fazer o melhor para o meu bairro, porque aqui é a minha comunidade, aqui é onde eu nasci, aqui eu pretendo criar meus filhos, aqui eu pretendo formar a minha família!”.
Da esquerda para a direita: Maria Alice Marquetto Maurício, Maria Tereza dos Santos Tibes, Suzinei José Leandro, Antônia M. Zanella, Jessica Driele Rossetti, Ana Caroline Gomes Stefanelli, Joana D’Arc Gomes da Silva e Matilde Wurmeister.
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