2ª Edição

A Voz do Bairro – Simone Silva

A coluna da Gazeta criada para contar histórias, ouvir anseios e buscar melhorias para os moradores da Vila C. 

Em nossa primeira edição, contamos um pouco sobre os moradores antigos que se firmaram aqui. Dessa vez nossa entrevistada é Simone Salete Zandonai Silva, 42 anos, que escolheu o bairro Vila C nova para viver. Casada, mãe de três filhos, e recentemente avó, mudou-se para Foz do Iguaçu no ano 2000: “Já fazem 23 anos que moro aqui, e foi aqui que conheci meu esposo, que é nativo da região. Quando cheguei, as portas logo se abriram para o trabalho. Em apenas três dias, consegui um emprego como Agente Comunitário de Saúde. Também trabalhei em padarias e até mesmo no Paraguai, onde atuei como vendedora em lojas por cinco anos.”

Ela conta que houve um período em que, juntamente com a família, mudou-se para Rondônia, onde residiram por cerca de três anos, época do nascimento de sua última filha, hoje com 11 anos de idade. Depois de sua estadia em Rondônia, retornaram para Vila “C” Nova e começaram a trabalhar no comércio. E já estão aqui há nove anos, vendendo lanches e pastéis: “Gosto muito de morar no bairro, me adaptei bastante. A Vila C tem tudo o que preciso pertinho de casa (mercado, escola, farmácia e postinho de saúde)”, conta a comerciante.

Mas como em todas as histórias, nem tudo são flores. Para Simone, há necessidade de melhorias na Vila C, uma das principais questões é a falta de opções comerciais para pagamento de contas. “Não tem banco ou lotérica no bairro, o que torna o processo de quitar contas um pouco complicado. Além disso, a segurança no bairro é uma preocupação, e acredito que a Vila C poderia se beneficiar de medidas adicionais nesse sentido.”

Por outro lado, a moradora elogia o ambiente do bairro, enfatizando a amplitude das ruas, que cria uma sensação de espaço em comparação com alguns bairros mais congestionados. “ A Vila C Nova é um local agradável para se viver”.

Simone Salete Zandonai Silva – Moradora do bairro Vila C Nova

Quando a questão é saúde, a mãe opina com propriedade: “A questão da saúde é um dos desafios por aqui. Temos um postinho com médicos disponíveis, o que é uma ajuda, especialmente quando se trata de saúde pública. Comparando com outros lugares, acredito que estamos em uma situação relativamente melhor. No entanto, quando se trata de cuidados de especialistas ou exames mais específicos, o processo é mais demorado. As filas costumam ser longas, e a espera pode ser complicada. Mesmo para consultas particulares, ainda enfrentamos a necessidade de aguardar.”

Para ilustrar, a moradora comenta sobre sua longa espera por um médico especialista para acompanhamento de sua filha de 11 anos, explicando que esperou quase dois anos para a primeira consulta com um neurologista. 

Sobre a segurança no bairro, Simone relembra uma história vivida: “tivemos um episódio em que minha casa foi alvo de um assalto. Felizmente, depois desse incidente, não enfrentamos mais problemas. A falta de segurança é uma preocupação constante. Ouvimos relatos de assaltos em residências e até mesmo em vias públicas. Recentemente, testemunhei um assalto a uma senhora nas proximidades do nosso bairro, ocorrido às 6:00 horas da manhã. Isso ressalta a necessidade de mais medidas de segurança em nossa comunidade”.

Hoje conhecemos um pouco sobre Simone e a necessidade de melhorias no bairro, a próxima edição pode trazer a sua observação. 

Escreva para nós: gazetapopulardasaude@gmail.com.

Reportagem:
Magdalina Vilmar e Katherine Leidy Vega Mahecha

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